segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Doença Bipolar:

A doença bipolar envolve episódios de mania e depressão graves. O humor da pessoa varia desde o excessivamente “ alto” e irritável, até ao triste e desesperado, passando por períodos de humor normal. Diferindo dos estados de humor normais de alegria e tristeza, os sintomas da pertubação bipolar.
Na verdade, para os indivíduos afectados por esta doença, a mesma é extremamente angustiante e incapacitante.
As consequências desta doença podem ser devastadoras e podem conduzir ao divórcio, desemprego, alcoolismo e abuso de drogas. A pertubação bipolar é geralmente agravada pela ingestão de álcool ou abuso de substâncias. Sem tratamento eficaz, a doença bipolar conduz ao suicídio em quase 20% dos casos.
As pessoas com esta doença podem sofrer desnecessariamente, sem tratamento adequado, durante anos ou até décadas.
A perturbação bipolar envolve ciclos de mania e depressão.
Num dos extremos encontra-se a depressão grave: depois a depressão moderada: pertubações de humor ligeiras e breves ( que muitas pessoas designam por “ melancolia “ ); humor normal; hipomania e mania.

Entre os sinais de mania incluem-se períodos de:

Dificuldade de atenção;

Negação de alguma coisa que esteja errada;

Dificuldades em dormir, ou dormir excessivamente;

O indivíduo nega muitas vezes que alguma coisa esteja errada.

A pertubação bipolar pode aparecer primeiro como abuso de drogas ou de álcool.

Se não for tratada, a pertubação bipolar tende a agravar e a pessoa apresenta episódios de mania e depressão clínicas francas.
Alucinações, agitação, problemas de sono.
Alguns episódios podem durar 1 ano enquanto que outros podem demorar tão pouco como algumas horas, dependendo do doente.
Com o tempo, os episódios tornam-se mais frequentes.
A pertubação bipolar tende a ter um carácter familiar e pensa-se ser transmitida em muitos casos, hereditariamente. Mais de dois terços das pessoas com pertubação bipolar têm pelo menos um parente próximo com a doença, ou com depressão maior.
A maioria das pessoas com pertubação bipolar podem ser ajudadas com tratamento.
Pertubação bipolar é geralmente uma doença crónica.
O diagnóstico e tratamento devem ser sempre efectuados por um médico.
Os familiares das pessoas com pertubação bipolar têm muitas vezes de lidar com problemas comportamentais graves tais como despesas extravagantes e com as consequências duradouras destes comportamentos. Se estes sintomas levam a que o indivíduo fique agressivo, ou incapaz de cumprir as suas responsabilidades, os familiares podem ficar zangados. Por este motivo, os familiares do doente sentem-se muitas vezes extremamente culpados, após o diagnóstico ter sido efectuado. Ficam preocupados por terem tido pensamentos de fúria ou de ódio e muitos questionam-se em que medida poderão ter causado a doença ao não oferecerem apoio ou compreensão ao doente, embora esta ideia não esteja correcta.
As pessoas com pertubação bipolar devem ser acompanhadas por um psiquiatra experiente durante o diagnóstico e tratamento da doença.
Normalmente, as pessoas com pertubação bipolar não reconhecem o quanto estão doentes, ou atribuem os seus problemas a outras diferentes da doença mental.
É importante que os doentes compreendam que a pertubação bipolar não irá desaparecer e como tal é necessário um tratamento contínuo para se poder controlar a doença.
As crises podem ser graves, moderadas ou leves.

O principal sintoma de mania é um estado de humor elevado e expansivo, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa pode sentir-se mais alegre, sociável, activa, faladora, auto-confiante, inteligente e criativa.
A pessoa torna-se exigente e zanga-se quando os outros não acatam os seus desejos e vontades, os pensamentos aceleram-se, a fala é muito rápida, com mudanças frequentes de assunto.
Interpretação errada de acontecimentos, dívidas, diminuição da necessidade de dormir, perda de noção da realidade, ideias estranhas ( delírios ) e vozes.

O principal sintoma é um estado de humor de tristeza e desespero.

Preocupação com fracassos ou incapacidades e perda da auto-estima. Pode ficar-se obcecado com pensamentos negativos, sem conseguir afastá-los,

Sentimentos de inutilidade, desespero e culpa excessiva,

Pensamento lento, esquecimentos, dificuldade de concentração e em tomar decisões,

Perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e pelas pessoas, incluindo os familiares e amigos,

Agitação, inquietação, sem conseguir estar sossegado ou perda de energia, cansaço,

Alterações do sono: insónia ou sono a mais,

Ideias de morte e de suicídio, tentativas de suicídio,

Perda de noção de realidade, ideias estranhas ( delírios ) e vozes.

Quanto tempo dura uma crise?

Varia muito. A pessoa pode estar em fase maníaca ou depressiva durante alguns dias, ou durante vários meses. Os períodos de estabilidade entre as crises podem durar dias, meses ou anos. O tratamento adequado encurta a duração das crises e pode preveni-las.


É possível prever as crises?

Para algumas pessoas, sim. Umas terão uma ou duas crises durante toda a vida, outras pessoas recaem repetidas vezes em certas alturas do ano.
Caso não estejam tratadas, há doentes que têm mais de 4 crises por ano ciclos rápidos.



Em que idade surge a doença?

Pode começar em qualquer altura, durante ou depois da adolescência.


Qual a causa da doença?

Os stresses que a pessoa enfrenta desempenham também um papel relevante no desencadeamento das crises.

Depois de uma crise de depressão ou mania volta-se ao normal?

Em geral sim. No entanto, devido às consequências dramáticas que as crises podem ter, no plano social, familiar e individual, a vida da pessoa complica-se e perturba-se muito, restringido de forma marcante a sua capacidade de adaptação e autonomia.
O tratamento adequado para a prevenção das crises se são graves e ou frequentes é essencial para evitar os muitos riscos inerentes à doença.





Há tratamento para as crises e para a doença Bipolar?

Não há nenhum tratamento que cure a doença por completo. No entanto, há grandes possibilidades de controlar a doença, através de medicamentos estabilizadores do humor, cuja acção terapêutica diminui muito a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de mania.
As crises depressivas tratam-se com medicamentos antidepressivos.
Naturalmente, o apoio psicológico individual e familiar é um complemento indispensável para o tratamento.
As crises graves obrigam a tratamento hospitalar em muitos casos.


Porque é tão importante a consciencialização dos doentes, dos familiares e de outras pessoas sobre a doença bipolar?

O conhecimento, mesmo que simplificado, das características da doença bipolar facilita a seu reconhecimento aos próprios que a sofrem e aos outros, possibilitando uma maior ajuda a muitas pessoas que carecem de um tratamento médico adequado e de uma solidária compreensão humana.


Como evolui?

Em média, uma pessoa que sofre de doença bipolar tem quatro crises durante os primeiros 10 anos da doença. Embora possa haver um intervalo de anos entre duas ou três primeiras crises, a sua frequência é maior se não se fizer o tratamento estabilizador apropriado. As crises podem corresponder às mudanças de estação no rebentar e no cair da folha, no inverno e no verão.
As primeiras crises podem ser desencadeadas por factores emocionais ou stress.
As crises podem durar dias, meses ou mesmo anos.

Como se trata a Doença Bipolar?

No tratamento da Doença Bipolar há que ter em conta, por um lado, as fases agudas e, por outro, a estratégia de prevenção das crises.
Quando o doente sofre uma crise de depressão, de mania, hipomania, ou mista, precisa de ser tratado na fase aguda com a terapêutica apropriada antidepressiva, anti-maníaca ou antipsicótica, sendo necessária, em muitos casos, a hospitalização no período.
Para que o tratamento seja eficaz é necessária uma medicação tanto para a frase aguda como para a estabilização da doença, acompanhada de uma educação do doente e dos familiares sobre a doença, os medicamentos, a necessidade de aderir ao tratamento, modificação de hábitos nocivos. Pode ser benéfico um apoio psicológico para o doente e seus familiares como lidar com os problemas e o stress, etc.


A medicação?

Doença Bipolar e os antidepressivos.
Mas o médico pode ter necessidade de receitar outros medicamentos, o doente nunca deve recear informar o médico sobre quaisquer mudanças de sintomas, pois dessa informação precoce depende o controle da doença. Se sentir mudanças no sono, na energia ( aumento ou diminuição ), no humor ( alegria excessiva, irritabilidade ou tristeza ) e no seu comportamento e relações com pessoas, será melhor contactar com o médico sem demora.

Os medicamentos controlam, mas não curam a doença bipolar. Ao parar a medicação estabilizadora, mesmo depois de muitos anos sem crises, há um sério risco de uma recaída passadas algumas semanas ou meses. E, em alguns doentes, a retoma da medicação pode não se acompanhar dos mesmos bons resultados anteriores. A decisão de interromper a medicação caberá ao médico.

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